Canto da Alma - Poemas e Sons

domingo, 20 de fevereiro de 2005

 

Despir-te


Despir-te e sentir a elegância da tua chegada é excitante. Tudo se distingue. Teu olhar giesta. Teu silêncio de outono. Tua pele de plantas. Anuncio-te a mim. Tarde me vi flor para a abelha poisar sonora. Poisaste. Teus ombros eram uma espécie de céu esguio
nas veredas da cama destinada. Pouco mais sei. No sítio da sofreguidão
uma outra sofreguidão repõe o apetite. É nesse intervalo que caminho.

Artur Lucena


Colocado por mysticdune   2/20/2005