quinta-feira, 30 de junho de 2005 O Leito![]() O leito conserva o sono e o sonho da mulher amada. A macia espádua, o ventre de lava, o braço e a espada, a mão e a chave, a areia do seio. No corpo da mulher, o leito feito pássaro adormece. António Rebordão Navarro Colocado por mysticdune 6/30/2005 0 comentários ![]() terça-feira, 28 de junho de 2005 Em algum lugar...![]() Em algum lugar do passado Você existiu para mim, E eu já sabia Que assim virias... Em algum lugar do passado, Fomos, nós dois, Brisa fresca, Rosas em flor... Em algum lugar do passado, Te amei, Te guardei, Você me amou e cativou... Em algum lugar do passado, Nossos corpos e corações Foram um só, Melodia interminável De nosso amor sem fim... Em algum lugar do passado, Nos deixamos Com a certeza do reencontro, Como sabemos agora, Que nos encontramos... Em algum lugar do passado, Prometemos jamais nos esquecer E, agora, no presente, Carregamos sempre viva as lembranças Deste tão sublime querer... Em algum lugar do passado, Fomos felizes, Fomos amantes, Como a flor e a raiz, O mar e a areia, Deste amor sem igual... Em algum lugar do passado, Dançamos com o vento, Corremos pela praia E tivemos sonhos vindouros Deste amor infinito Que jamais nos deixaria... Em algum lugar do presente, Nos reencontramos... Palavras, atitudes Que despertam as lembranças das almas, Que sabiam se conhecer... Em algum lugar do presente, Olhares, gestos, toques, Sensações indescritíveis, Que somente nossos corações identificam... Em algum lugar do presente, Saberemos o que somos E o que fomos: Luz do sol, Amor verdadeiro, Nesta busca insaciável De nós dois... Em algum lugar do passado... Em algum lugar do presente... Colocado por mysticdune 6/28/2005 0 comentários ![]() sexta-feira, 24 de junho de 2005 Este inferno de amar![]() Este inferno de amar - como eu amo! Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida - e que a vida destrói - Como é que se veio a atear, Quando - ai quando se há-de ela apagar? Eu não sei, não me lembra: o passado, A outra vida que d'antes vivi Era um sonho talvez... - foi um sonho - Em que paz tão serena a dormi! Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim! despertar? Só me lembra que um dia formoso Eu passei... dava o sol tanta luz! E os meus olhos, que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei; Mas nessa hora a viver comecei... Almeida Garrett, Folhas Caídas Colocado por mysticdune 6/24/2005 0 comentários ![]() segunda-feira, 20 de junho de 2005 Saudade![]() Quando sinto a saudade chegar Fecho os olhos e vejo o teu sorriso E carinhosamente te digo a sussurar: O nosso amor a cada instante está mais vivo Recordo cada momento que partilhámos E em meu peito surge um suave calor Sinto os nossos corpos abraçados Não existe distância que apague este amor Colocado por mysticdune 6/20/2005 0 comentários ![]() quarta-feira, 15 de junho de 2005 Nos teus braços![]() *** Nos teus braços a minha alma se dispersa e ganha asas coloridas... *** Colocado por mysticdune 6/15/2005 0 comentários ![]() sexta-feira, 10 de junho de 2005 Pode ser...![]() Pode ser que um dia deixemos de nos falar. Mas, enquanto houver amizade, faremos as pazes de novo. Pode ser que um dia o tempo passe. Mas, se a amizade permanecer, um do outro há-de se lembrar. Pode ser que um dia nos afastemos. Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará. Pode ser que um dia não mais existamos. Mas, se ainda sobrar amizade, nasceremos de novo, um para o outro. Pode ser que um dia tudo acabe. Mas, com a amizade construíremos tudo novamente, cada vez de forma diferente, sendo único e inesquecível cada momento que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre Colocado por mysticdune 6/10/2005 0 comentários ![]() quinta-feira, 2 de junho de 2005 Nada se pode comparar contigo![]() O ledo passarinho que gorjeia Da alma exprimindo a cândida ternura O rio transparente, que murmura, E por entre pedrinhas serpenteia: O sol, que o céu diáfano passeia; A lua, que lhe deve a formosura, O sorriso da aurora alegre e pura. A rosa, que entre os zéfiros ondeia; A serena, amorosa primavera, O doce autor das glórias que consigo, A deusa das paixões, e de Citera: Quanto digo, meu bem, quanto não digo, Tudo em tua presença degenera, Nada se pode comparar contigo. Bocage Colocado por mysticdune 6/02/2005 0 comentários ![]()
|
|
* Mysticdune Janeiro 2005 .: Playlist :. Páginas Musicais
O nosso link |